segunda-feira, 21 de abril de 2008

Dava-se conta de que realmente estava só. Estava sentada com 4 paredes que a cercavam, fechando-a como se só houvesse ali, aquele momento e somente ela com seus pensamentos.
Os amigos afastaram-se,mudaram-se. Deixaram saudades e lembranças.
A cada reencontro uma alegria. Queria que tudo fosse como era antes, queria estar sempre ali, mas não havia mais como. O tempo passou e as coisas não eram mais as mesmas.
Afastaram-se até os amigos mais prensentes, mesmo não estando afastados fisicamente. Não lhe traziam mais tanta confiança, pareciam estranhos. Velhos amigos que pareciam desconhecidos. Assim, não sentia-se à vontade para desabafar, contar-lhes as tristezas. Não queria estragar os únicos momentos de alegria com suas melancolias, não queria que a vissem com olhos de piedade.
Por certos momentos, lhe vinha confiança e vontade de abrir-se, mas não havia com quem fazê-lo. Talvez realmente não a entendessem. Achassem que era só uma fase pela qual todos passam(e talvez fosse realmente). Não lhe dariam atenção.
Nunca sentira-se assim, tão perdida e sozinha como naquelas últimas madrugadas de insônia, que passava relembrando, recordando situações, com dores que terminavam em comprimidos.

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