domingo, 28 de novembro de 2010

PALAVRAS


O ponto fica piscando à espera.
E parece que as mil idéias sumiram.
Fecho. E de repente surge, vai saindo, surgindo se arrastando se erguendo.
Aderi a tantas coisas.
Ao foda-se.
Ao nada.
Ao tudo.
Arte.
Desânimo.
Ânimo.
Roupas velhas.
Amores platônicos.
Pessoas.
Nas ruas, na mente, distantes.

Hoje lembrei do que dá saudade.
O que faz falta.
E o que deixou de ter importância.

Tive saudade.
Mas não me faz mais falta.
Não sinto mais falta daquelas pessoas.
Sinto saudade.
Sinto falta, talvez daquele clima.
Daquela vontade.
Bons tempos.

Novos tempos.
Novas sensações.
Novas saudades.

Mais uma vez nostalgia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

19 ANOS SEM Freddie


Um ícone
Uma da mais belas e sensacionais vozes que esse mundo já viu!
Uma criatividade deslumbrante.
Uma sonoridade envolvente.
Surpreendente
Há 19 anos perdíamos um dos maiores homens da música. Perdíamos um gênio, um símbolo, ou um simples mortal que nos deixou sua grande Obra.
Uma explosão no palco.
Freddie encontrou na música uma maneira de se expressar, e nós saímos ganhando!

Não me foi possível viver a época gloriosa em que vc esteve nessa Terra, mas o legado é muito maior que qualquer vida possa ser.

Só tenho a agradecê-lo onde estiver por tudo!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ONTLE


É de repente!
Os pensamentos voltam àquele instante de glória que vivemos.
Que EU vivi.
Não consigo acreditar que não tinha um porque, ou que talvez não tenha sentido algum.
Procuro pelo sentido.

Talvez não haja.

Instantes inconstantes de querer todo aquele futuro criado, imaginado, planejado.

A espera de que?

De que o mundo desse mil voltas ao mesmo tempo e me fizesse "cair" noutra realidade?
De que eu nem fosse mais eu mesma.
Da vontade de sair de mim e grudar num futuro inexistente de desejos e suposições e composições distantes.

Vontade de cair na vida sem destino, de verdade.
De me jogar junto a você, a isso tudo. A todo esse medo e esse desconhecido que você transmitia.

Quis não ser eu mesma. Não estar onde estava. Não pensar nos outros.
Quis calar e sufocar a voz da consciência.
Quis buscar a certeza de que tudo não passa de ilusão e simplicidade.
Quis essa idéia de liberdade.

Volto àqueles instantes, que ficam cada vez mais distantes.
Não quero me permitir esquecer a voz, os cabelos, os óculos e as luvas.
Não quero me permitir deixar de ainda desejar tudo isso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Abre os olhos e vê o SOL



Passei muito tempo trancada, buscando o que acreditava estar por dentro.
Até que um dia abri a porta e percebi o sol.
Percebi que lá fora o dia brilhava forte.
Que os olhos ofuscavam e ardiam ao tentar abrir.
E apesar de tudo era a sensação de vida.
O vento que percorria o corpo era estar viva.

E percebi que tentar ficar olhando pra dentro ou pra fora não adianta de nada.
Ver não existe.
Existe SENTIR.

E deixei-me sentir toda sensação que pudesse percorrer o meu corpo.
Deixei que os olhos ardessem, que o frio me encolhesse, que o sol me aquecesse, que o vento uivasse nos meus ouvidos.
E pude confirmar: ESTOU VIVA!

E toda filosofia da vida voou com o vento, ignorando toda complexidade da existência.

O Sol trouxe a resposta na simplicidade da sua luz, que não deixa de ser complexa, mas que não pede tanta explicação, que explica no seu sentir, que apaga toda e qualquer idealização de vida e mostra o viver na sua sensação mais pura e viva.