sexta-feira, 15 de maio de 2009

Outra




Tanto tempo em pouco tempo. Sem precisar se quer desejar. Sem esforço algum.
Não durou muito, não soube lidar muito bem, não obteve muita reação.
Mas nem precisou. Bastava.
Ninguém mais.

Bastava deixar de querer entender e entregar-se. Mergulhar naquele mar, aquele mar incompreendido. Filosofia pra que? “Há metafísica bastante em não pensar em nada”. Então, raciocinar?
Envolve.
Vem e vai.
Busca e trás.
Corre atrás.
Sente.
Tudo junto. Misturando, colorindo.
Outra. Agora é capaz, o mundo não é mais o mesmo. Nada é.
Mas logo será, logo volta a ser.
Dura menos que tudo, é o mínimo comparado ao resto de tempo, mas é o que mais vale. É a razão.
Se faz tão presente. Incapaz de passar sem ser notado, mais que isso, sentido. Muda absolutamente TUDO.
Trás de volta a esperança de que é mais, que é além. Na verdade trás uma certeza incontestável.
Liberdade?
Sugestão?
Opção?
Refúgio?
Solução?
Verdade?
Simplesmente...
Ao final nenhuma conclusão!
Mas olha agora, lá vem a melodia.
Dance, dance, dance... Até não ser mais capaz!