domingo, 21 de março de 2010

BOB


Sinto falta de ao chegar ter você esperando por mim. Falta de olhar nos seus olhinhos misteriosos, pedintes de carinho.

Você ainda não se foi. E sei que nunca irá completamente. Sua presença ainda é tão grande que não parece que se foi. Quando algo me lembra você eu penso em correr pra ver como você está e aí me lembro que não está mais aqui. Me dá um aperto no peito e tenho vontade de abraçá-lo. Acho que é o que mais me dói. Não poder tocá-lo. Não ouvir você chorar. Ou latir tão alto, desesperado pra que eu vá te buscar e ficar com você.

Nos dias de chuva eu acordo pensando em tirá-lo da chuva.

Eu lembro de você todos os dias.

Às vezes eu até ouço você bocejar. Como você bocejava alto, parecia que um dia você ia até falar. Parecia até que dizia meu nome. Ainda ouço você chorar. Ainda sinto o seu cheirinho.

E quando vejo seu lugar sozinho. Quando abro a porta e você não vem correndo eu ainda acho estranho.

Eu ainda sinto a sua presença nos lugares onde você costumava ficar. Quando fecho os olhos procuro ter de novo a sensação de tê-lo nos meus braços.

Sua última noite não me sái nunca da cabeça. Sua imagem no final também não. E todas as coisas que eu te disse naquele dia.

Relembrei dos seus primeiros dias. De quando você era bem novinho, de quando chegou aqui.

E praticamente tudo me faz lembrar. No café da manhã, quando eu levava os miolos pra você. Quando te dava carne ou frango que costumam sobrar até hoje. Seus brinquedos. Quando separava uma roupa pensando que você pudesse sentir frio. Quando te dava banho, e você tremia de tanto medo.

E inevitavelmente sempre haverá dentro de mim pensamentos de como poderia ter sido diferente. Mas isso não adianta. Foi como tinha de ser. E eu amei cada momento

Eu te amo meu bebê, e só você foi capaz de saber disso, ou melhor,de saber o quanto e de sentir.

Você me deu muita alegria e sempre vai estar comigo!