terça-feira, 8 de julho de 2008

ARTE Longa, VIDA Breve (07/07/2008)


Há exatos 18 anos ele se foi.
Se foi?
Fisicamente sim. Mas o que nos deixou, nunca se foi, permanece até hoje. O que criou, como viveu, o que fez, tudo marcou nossa história. E não importa o que possam dizer a seu respeito. Para mim o que importa é o que eu penso a seu respeito.O que mais admiro é a maneira como pensava. De não querer o extremamente correto e normal. Ser normal é o que as pessoas mais desejam, mas não sabem se é o que vai deixá-las feliz. Aliás, ser normal nunca se encaixou em seu perfil. É válido lembrar que a vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá com um corpo perfeito,"morrer com saúde" pra quê? Pode ser mais válido chegar com um corpo completamente gasto, usado, berrando: VALEU A PENA, EU APROVEITEI, FIZ TUDO QUE TIVE VONTADE!!! Do que morrer em "boa forma".Não importa o tempo que se passou. Sua voz, sua arte, sempre irão permanecer. A voz inconfundível e a maneira única de cantar, os olhos com que via a vida. Provando que a diferença entre as pessoas não é um mal, mas uma bênção.Não o conheci pessoalmente, mas assim é como o vejo, procurando entender sua própria maneira de viver. Que muitos consideraram errada,doida, mas que eu considero LIVRE. E tudo o que digo é o que imagino que deve ter pensado.Sempre foi livre, não se prendia a alguém nos seus relacionamentos, mas talvez tenha procurado ou idealizado pelo menos alguém, um grande amor. Alguém que um dia pudesse aquietar seu coração. Talvez tenha tido vontade de ter alguém para compreendê-lo.As pessoas, muitas vezes não entendem como há tanta admiração por uma pessoas que tantas vezes errou. Mas se esquecem de que todos nós erramos. Elas não são capazes de entender sua filosofia de vida e entender que não temos o direito de julgar ninguém. Não o julgo, acho que se ele se arrependeu de algumas coisas foi de coração, e isso já basta.As pessoas ficam tentando imaginar como seria se estivesse vivo. Se ele estaria mais clamo, como seriam suas composições, suas canções, sua bela voz. Imaginam que ele estaria mais tranquilo, que não seria tão porra-louca como antes. Por isso acho que é melhor lembrar dele como ele foi. Vivendo a mil, porque era assim que era e assim que será lembrado, não tem como imaginar o que seria hoje.Peço desculpas se falei alguma bobagem, mas a minha intenção só foi a de homenagiá-lo e mostrar o carinho que tenho por você CAZUZA. Obrigado por ter sido o que você foi. E onde quer que esteja, eu espero que esteja bem, fazendo bagunça como sempre fez.




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