quinta-feira, 19 de junho de 2008

O QUE FAZ DA VIDA

O que faz da vida...
Da vida mesmo, não sei. O que fazer da vida? Fazer algo? Não fazer? O que fazer?
Da vida, VIDA. Ó vida...Bela vida, bem vivida, nossa vida. Bem vivida? Será? Mal vivida?
Sei lá... Quem saberá?
De repente parei e pensei: o que faço da vida? Faço o que realmente quero? Ou o que me impõem?
Faço mesmo algo?
Não faço nada.
Nada aconteceu, é que às vezes a gente muda a maneira de pensar. E acha que fez tudo errado.
De repente veio uma angústia, e não sei mais o que sou, quem sou, porque sou.
Uma tristeza no meio da madrugada que me pediu ajuda. Decepção talvez. Talvez.
Aliás, decepção não é nada além do que esperamos que seja, só nos decepcionamos porque esperamos demais. Mesmo sabendo que não deveríamos.
Parar, analisar e perceber que é tudo ilusão. Que não há ninguém ao seu lado, mesmo estando rodeada de gente por todos os lados, é tudo muito social, artificial. Não real. Pelo menos, não como deveria ser. Deveria? Porque? Porque pensamos que tem que ser assim, porque queremos que seja e então achamos que tem que ser. Talvez nem tenha.
Não importa como as pessoas me vêem, elas vêem o que me camufla por fora, mas não são capazes de me compreender. Não me enxergam por dentro, nem poderiam entender o que penso, é demais para ser compreendido. Talvez seja incapaz de ser. Ou talvez só bastasse que fosse compreendido e pronto. Mas há tantas perguntas e dúvidas, que a compreensão torna-se incompreensível.
Mas porque tantas questões, tantas mágoas, tantas esperanças. Não devemos esperar nada dos outros, talvez nem de nós mesmos. Porque esperar traz decepção. Voltamos a esse assunto de novo.
E de que me adianta dizer? Dirão o que? Que sou doida. E que estou triste, que não é assim. Mas é, é muito mais ainda que tudo isso. Mas não são capazes ainda, ou então não aceitam que são. Preferem ignorar.
Mas não se atormente, se prefere fugir, fuja. Porém, esquecer não irá. Digo-te que não. Porque não está na distância física, mas no interior, e quilômetros de distância, não são distância alguma. É apenas querer enganar-se. E se for feliz enganar-se, engane-se, mas se for para trazer sempre a dor no peito, conviva. Não vá deixando pra lá. Esquecendo. Esquecer não é possível. Aprenda. Supere. Sobreviva. Volte. Viva.
Viva? Como? O que seria realmente viver?
Tudo isso te incomoda? Não é pra menos. Mas deixe-se incomodar. Não há nada de mal nisso.
Confundi-te? Deixe-se confundir. E assim se desconfundirá. Verá que não há maior confusão do que aquela que não te confundi.
Deixe-se duvidar. Deixe-se. Permita-se. Liberte-se.
Mas não deixe que te enlouqueçam. Não? Será que não? Poderia ser bom deixar-se enlouquecer? Afinal, o que é loucura? O que eles consideram loucura? E eles sabem o que é realmente? Então deixe-se. O importante é só você saber. O que eles acham não vale muito. Mas não ignore totalmente, é também de grande valentia ouvi-los, para compreender. Para poder escolher.
Então te digo que me ouça se quiser. E porque daria ouvidos a essa que te fala?
Essa resposta não parte de mim.

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