sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MELCIH


Te danço, balanço, te vejo a meu modo.
Te namoro sem que você saiba.
Te acompanho.
Te procuro, te acho.
Sem que você saiba.

Te imagino.
Te sigo, te procuro, te perco, me perco.
Sem que você saiba
E trato de fazer tudo com beleza. Sem a melancolia da ridícula situação cruel.
Da incapacidade, fragilidade ou cegueira de meus sentidos a te procurar sem ir atrás.
A te procurar, sem procurar a ti.
E faço com que tudo pareça muito mais bonito, muito mais proposital.

Incrível?

“CRÍVEL”, ao menos no meu mundo, no mundo que te criei, idolatrei e sonhei.
Não me arrependo.
Foda-se! Tudo posso naquilo que desejo.
Acontecerá?
Sei lá, eu desejo.
Eu quero. Se é possível não me importa, importa-me apenas o querer.

Eu vejo você de uma forma que só eu vejo, você não me vê, você não “me” sabe.
Eu não “te” existo, portanto você é fruto de minha imaginação, apesar de já existir.
Você é fruto do que criei e não do que é.
Portanto você é meu desse jeito. Não no sentido de te possuir, no sentido de ser o que eu desejo que seja. Do modo que imagino ser.

Tua voz toca em meus ouvidos e você nem imagina
Tua imagem me aparece e você nem faz idéia.
Teus gestos, a maneira como fala querendo discursar. A maneira como te interpreto.
A inspiração, que me inspira, quando inspiro e vai pra fora.

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